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Os atos racistas de torcedores do Cerro Porteño direcionados ao jogador Luighi, do Palmeiras, durante partida da Libertadores Sub-20, e o posicionamento da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em relação aos recentes casos de racismo na Conmebol têm gerado apreensão entre os palmeirenses residentes em Assunção, capital do Paraguai.
Relatos de torcedores do Verdão que vivem em Assunção e que se sentem inseguros, descrevendo um ‘clima de guerra’ na cidade nos últimos dias.
Torcedor do Palmeiras e morador de Assunção, identificado como L.F.F. para preservar sua identidade, é um dos que relatam sentir medo. Em entrevista ao NP, o brasileiro afirmou que atualmente precisa ‘pensar duas vezes’ antes de sair às ruas vestindo a camisa do Verdão.
– Dependendo do local que eu vou ou estou, fico em dúvida se devo vestir a camisa do Palmeiras. Hoje é preciso pensar duas vezes antes de ir uniformizado a algum lugar que seja frequentado majoritariamente por paraguaios – declarou L.F.F.
L.F.F. relata que o sentimento de hostilidade por parte dos torcedores paraguaios se intensificou após o episódio de racismo envolvendo torcedores do Cerro Porteño contra o atacante Luighi, ocorrido em 6 de março de 2025, na vitória do Palmeiras por 3 a 0 na Libertadores Sub-20. O caso ganhou grande repercussão internacional. Ele conta que, anteriormente, os moradores locais eram receptivos, especialmente devido à presença de ídolos paraguaios na história do Palmeiras.
– Nos seis anos em que moro aqui, sempre fomos muito bem tratados, principalmente por causa do Arce, do Gómez e do Gato Fernández. Sempre que me viam com a camisa do Palmeiras, já falavam deles.
– Depois do episódio com o Luighi, a situação mudou. Eu percebo isso só pelo olhar das pessoas quando estou com a camisa do Palmeiras. Para se ter uma ideia, estão destilando ódio no Gustavo Gómez só por ele jogar no Palmeiras – lamentou o torcedor.