
Atlético contra Botafogo: entrevista coletiva com o técnico Cuca.
Pergunta: Em Santos, você mencionou que o Atlético precisava reagir para evitar uma crise. Gostaria que comentasse sobre a atuação da equipe e se a vitória era o mais importante, independentemente da performance…
Cuca: “Sim, mencionei isso. Hoje, a vitória era crucial, mas veio acompanhada de um bom desempenho. Isso é relevante. Enfrentamos um time forte, e mesmo jogando bem, perdemos algumas chances, o que afeta a confiança geral. O time fica apreensivo com a possibilidade de sofrer um gol, como já aconteceu antes”.
“Criamos várias oportunidades de gol, mas foi um jogo difícil. No primeiro tempo, nosso adversário controlou mais o jogo, apesar de termos mais chances. Eles tinham uma saída de bola melhor, com três jogadores, enquanto nós, com Hulk e Rony, não conseguimos marcar bem, o que nos desgastou. Corrigimos isso na segunda etapa com ajustes de posicionamento e substituições, neutralizando a saída de bola do Botafogo”.
“No segundo tempo, o jogo foi diferente. Tivemos mais controle, marcamos o gol, houve uma expulsão, e conseguimos manter o domínio do jogo. Claro que há sempre o receio de sofrer um gol, especialmente com o placar apertado de 1 a 0. No entanto, a equipe foi madura e saiu com a vitória, que era o mais importante hoje”.
Pergunta: Comente sobre como o Atlético, mesmo com um jogador a mais, lidou com o ‘medinho’ de sofrer um gol, algo que já ocorreu na final da Libertadores…
Cuca: “Com um jogador a mais, tivemos vantagem no meio de campo. O Botafogo manteve dois pontas e um centroavante, o que nos permitiu criar mais chances de gol. O jogo foi bem controlado, e conseguimos entender o que precisava ser feito para garantir a vitória”.
Pergunta: Fale sobre a escolha de escalar Igor Gomes no lugar de Scarpa e as mudanças feitas durante o jogo.
Cuca: “É uma estratégia não esgotar todas as opções logo de início. Optamos por usar Scarpa e Menino no segundo tempo, acreditando que poderiam fazer a diferença. Conversamos isso com Scarpa antes do jogo, e ele entendeu a estratégia, sendo bastante útil quando entrou”.
Pergunta: Como você trabalhou o psicológico do time para evitar uma crise e garantir a vitória?
Cuca: “Fizemos um trabalho intenso apesar do pouco tempo. Treinamos forte, ajustando a equipe. A vitória era essencial, e nos preparamos com vídeos e concentrações para alcançar o resultado. Não era um jogo comum, havia muita expectativa por parte dos torcedores”.
Pergunta: Como você vê a temporada com jogadores como Gabriel Menino entrando bem? Pretende usar mais o banco?
Cuca: “É ótimo quando os jogadores entram bem, pois isso nos permite mudar o jogo e o sistema tático. Os jogadores entendem que são importantes mesmo jogando menos tempo. Vamos rodar o elenco, especialmente com a sequência de jogos que temos, para manter todos em boa forma”.
Pergunta: Sobre a versatilidade do Rubens, como você vê sua atuação em diferentes posições?
Cuca: “Sugiro que ele seja um coringa. Um jogador que pode atuar em várias posições sempre tem espaço. Rubens tem sido bem utilizado e sua versatilidade é um trunfo para nós”.
Pergunta: O que falta para melhorar a finalização e marcar mais gols?
Cuca: “A vitória de hoje traz mais confiança, o que é fundamental para melhorar as finalizações. Somos bons nesse quesito, mas a confiança é crucial para que tudo funcione bem. Esperamos marcar mais gols nos próximos jogos”.
Pergunta: A Sul-Americana será um momento para rodar o elenco?
Cuca: “Provavelmente. Precisamos ter os jogadores em boas condições físicas. Alguns, como Scarpa, não viajarão por motivos pessoais. Vamos avaliar cada caso junto com a fisiologia para escolher os jogadores mais bem preparados”.
Pergunta: Ao final do jogo, você celebrou com a torcida. Isso ajuda a criar uma conexão com eles?
Cuca: “Nossa torcida é fantástica. Eles nos apoiaram durante todo o jogo. A conexão com os torcedores é importante, especialmente quando eles mostram tanto apoio, mesmo em momentos difíceis”.
Fotos: Pedro Souza/Galo
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