
O comentarista prevê que o Campeonato Brasileiro não será concluído em 2025, mencionando John Textor como um “exemplo” e fazendo uma observação sarcástica: “Todos são prejudicados pelo calendário, mas no final das contas, acabam agradando ao presidente da CBF.”
O Campeonato Brasileiro ainda não teve seu pontapé inicial, mas clubes como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, que estão na disputa do Super Mundial de Clubes, já pediram à CBF para adiar suas partidas da 12ª rodada. Esses jogos estão agendados dois dias antes do início do torneio nos Estados Unidos. O comentarista Jorge Iggor, da “TNT Sports”, acredita que o Brasileirão pode não terminar em 2025 devido à falta de datas disponíveis.
É importante destacar que, para este ano, a Série A está prevista para concluir no dia 21 de dezembro. Caso um time brasileiro conquiste a Libertadores, haverá complicações, pois a Copa Intercontinental começará no dia 10 de dezembro para esse clube, coincidindo com a 35ª rodada.
— Nosso calendário é como uma estrada sem acostamento. Não há espaço para ajustes. Se ocorrer um imprevisto, não há margem de manobra. Não existem datas de reserva para realocar as partidas. Sem datas para reagendar, a CBF terá que desrespeitar a norma, remarcando com um intervalo menor que 66 horas, ou o campeonato provavelmente não terminará em 21 de dezembro. Esqueça, não será possível. O campeonato será adiado para 2026, e isso não será algo inédito — afirmou Jorge Iggor em seu canal no “YouTube”.
O comentarista, que frequentemente critica o calendário do futebol brasileiro, também deixou um aviso aos torcedores. Ele mencionou John Textor, acionista da SAF do Botafogo, que recentemente declarou apoio à reeleição de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF, apesar de acusações e disputas judiciais.
— Não idolatre, eles são humanos, e humanos cometem erros, falhas, e podem deixar você decepcionado. E eles passarão, como o presidente Bap [Luiz Eduardo Baptista] no Flamengo passará, e isso é positivo. A atitude do Flamengo nesta semana, especialmente de Bap, em relação ao manifesto dos clubes brasileiros contra o racismo e a omissão da Conmebol, foi lamentável. Mas eles vão passar. Então, pare de idolatrar dirigentes, que na hora da eleição se unem a Ednaldo, mesmo sendo prejudicados pelo calendário, o mesmo dirigente… — começou.
— [John] Textor é um exemplo perfeito, posso mencionar Textor, Leila [Pereira, presidente do Palmeiras], [Julio] Casares [presidente do São Paulo], todos eles, mas Textor é um exemplo ideal. Ele foi prejudicado pelo calendário de 2024, pela desorganização da CBF, assim como o Botafogo, que ganhou o Campeonato Brasileiro em 9 de dezembro [na verdade, foi 8/12], e três dias depois teve que jogar no Catar, enfrentando o vexame de perder para o Pachuca, uma situação que talvez pudesse ter sido evitada com mais respeito da CBF aos clubes que participam do Mundial — continuou.
— A CBF não respeita seus próprios afiliados. “Se vira, meu amigo, saia do Engenho de Dentro no domingo à noite para jogar na quarta-feira no Catar, se organize.” E esse mesmo dirigente, que já trocou acusações com Ednaldo, agora apoia a candidatura “pelo bem do futebol brasileiro”. Pare de ser ingênuo, porque quando precisam, eles se unem, mas não estão pensando no torcedor, que acaba ficando desapontado. Esse é o ponto.
Jorge Iggor concluiu afirmando que a CBF penaliza os clubes que conquistam títulos e criticou os dirigentes que devem reeleger Ednaldo até 2030 na votação marcada para esta segunda-feira.
— Você penaliza o clube que teve mérito ao vencer a Libertadores e representar o Brasil no Mundial, recebendo da CBF um calendário problemático. Esse é o presente que a CBF oferece aos clubes. “Parabéns, vocês venceram a Libertadores e vão representar o Brasil no Mundial de Clubes. Parabéns, estamos muito felizes. Vamos dar a vocês um calendário que prejudicará sua preparação.” Todos sofrem com o calendário, mas no final estão lá apoiando o presidente da CBF. Vocês não acham isso curioso? Eu acho, e muito — finalizou.