
Muricy conta sobre a conversa com Zubeldía após ser expulso no jogo contra o Galo: “Fui até a sala dele”.
Muricy Ramalho compartilhou detalhes de uma conversa que teve com Luis Zubeldía após a expulsão do técnico durante o empate sem gols contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. O coordenador técnico do São Paulo destacou o temperamento intenso do técnico argentino, conhecido por colecionar cartões desde sua chegada ao futebol brasileiro.
“Visitei ele em sua sala. Ele ficou muito agitado [contra o Atlético-MG], chutou o banco e acabou machucando o pé. O temperamento dele é complicado, vive intensamente o jogo e não aceita decisões da arbitragem facilmente. Eu sempre digo que se ele não mudar, os árbitros já entram em campo atentos a ele. O jeito dele é complicado”, disse Muricy Ramalho no programa Galvão e Amigos, da Band.
Zubeldía foi expulso pelo árbitro Ramon Abatti Abel após reclamar de um lance envolvendo o zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, que já estava com um cartão amarelo e atingiu Ferraresi.
Inicialmente, Zubeldía recebeu um cartão amarelo pelas reclamações, mas ao insistir, acabou recebendo o segundo amarelo e foi expulso.
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“Eu também era nervoso, mas me comunicava mais com meus jogadores do que com a arbitragem. Era raro ser expulso. Não adianta [discutir com o árbitro]. Ele apitou, está decidido”, completou Muricy.
Apesar do temperamento forte de Zubeldía, Muricy Ramalho destacou a boa relação que mantém com os treinadores que passaram pelo São Paulo desde que ele assumiu como coordenador técnico na gestão de Julio Casares.
“Estou há quatro anos nessa função, trabalhei com diversos treinadores e nunca tive problemas. Por quê? Porque sou claro nas minhas ações. Com Zubeldía, desde o primeiro dia foi assim: ‘Olha, Zubeldía, minha função é ser a ponte entre diretoria e comissão técnica. Você é quem escala. No meu contrato, há uma cláusula que permite qualquer um ser treinador, menos eu’. Eu entendo o futebol, sei que há momentos difíceis e já fui convidado por jogadores para treinar o São Paulo. Não quero mais ser treinador. Converso com Zubeldía diariamente, ele confia em mim”, concluiu.
Fonte: Adaptado de Gazeta Esportiva