
Não é a primeira vez: o Real Madrid já enfrentou derrotas significativas nas fases eliminatórias da Liga dos Campeões.
Em uma noite de surpresas, o Real Madrid foi derrotado por 3 a 0 pelo Arsenal no Emirates Stadium, na primeira partida das quartas de final da UEFA Champions League. Gols de Declan Rice (X2) e Mikel Merino deram aos Gunners uma vantagem inesperada contra o maior campeão da competição europeia.
O resultado foi surpreendente não apenas pela diferença de gols, mas pelo fato de o time “Merengue” geralmente elevar seu desempenho em jogos de mata-mata, especialmente nas fases avançadas da Liga dos Campeões.
No entanto, até mesmo o clube mais vitorioso da Europa enfrenta tropeços que ficam marcados na história. Essa derrota para o Arsenal se junta a uma lista de resultados difíceis, nos quais o Real Madrid sofreu três ou mais gols de diferença. Confira abaixo alguns desses momentos que abalaram a torcida “Madridista”.
Derrotas Memoráveis
2025 – Arsenal 3-0 Real Madrid (quartas de final – primeira partida)
No Emirates, o Arsenal brilhou com um futebol de elite. Declan Rice marcou dois gols de faltas precisas, e Mikel Merino fechou o placar após um excelente trabalho coletivo. Foi uma das atuações mais completas da equipe de Mikel Arteta na Europa, destacando-se pelo domínio físico, pressão alta e eficiência.
O Real Madrid, que havia eliminado o Atlético de Madrid nas oitavas com algumas dúvidas, confiava em sua experiência nesse tipo de confronto. Contudo, o revés foi significativo, e o time precisa reverter a situação no Bernabéu para continuar na disputa da edição 2024/25, onde era considerado um dos favoritos ao título.
2023 – Manchester City 4-0 Real Madrid (semifinal – segunda partida)
No Etihad Stadium, o time de Pep Guardiola apresentou uma de suas melhores exibições. Bernardo Silva, com dois gols na primeira etapa, abriu caminho para a vitória. Akanji e Julián Álvarez completaram o trabalho contra um Real Madrid sem reação. A equipe espanhola foi dominada em todos os setores do campo e não conseguiu finalizar no segundo tempo.
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O Real Madrid chegou àquela semifinal após eliminar o Chelsea, enquanto o City vinha de uma vitória sobre o Bayern. O empate em 1 a 1 no Bernabéu deixou a série em aberto, mas na segunda partida o domínio inglês foi total. O time de Guardiola se consagraria campeão ao vencer o Inter na final, conquistando seu primeiro Liga dos Campeões.
2019 – Real Madrid 1-4 Ajax (oitavas de final – segunda partida)
Em uma noite histórica para o futebol holandês, o Ajax deu uma verdadeira aula no Santiago Bernabéu. Com um futebol ofensivo e direto, o time de Erik Ten Hag superou um Madrid apático. Ziyech, Neres, Tadić e Schöne foram os autores dos gols visitantes, enquanto Marco Asensio diminuiu para os anfitriões. O agregado terminou em 5-3 para o Ajax.
Aquele Real Madrid estava ferido: havia sido eliminado da Copa del Rey pelo Barcelona e estava distante na La Liga. Além disso, era a primeira temporada sem Cristiano Ronaldo e com Lopetegui, seguido por Solari, no comando. A derrota para o Ajax simbolizou o fim de uma era dourada que havia conquistado três Champions consecutivas.
2009 – Liverpool 4-0 Real Madrid (oitavas de final – segunda partida)
Em Anfield, o Liverpool de Rafa Benítez esmagou o Madrid com autoridade. Fernando Torres inaugurou o placar com uma jogada individual e Steven Gerrard marcou duas vezes. Andrea Dossena, no final, colocou números definitivos em uma derrota que deixou o time merengue sem respostas.
Foi um dos piores desempenhos europeus do Madrid nos anos 2000. A equipe espanhola chegou após perder por 1 a 0 na primeira partida e não conseguiu se impor na série. Naquela época, o Madrid estava em transição, sem grandes estrelas ou um projeto consolidado. Apenas na década seguinte, com Mourinho e depois Zidane, o clube voltou a reinar na Europa.
Desde o início do século XXI, o Real Madrid sofreu quatro derrotas por três ou mais gols de diferença em fases de eliminação direta na Liga dos Campeões. Três delas ocorreram nos últimos seis anos, uma estatística que ilustra a competitividade crescente do torneio europeu, mesmo para gigantes como o time merengue.



