
Casares explica o déficit no São Paulo e garante uma “excelente situação” para o próximo dirigente.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, utilizou seu perfil no Instagram para explicar o déficit financeiro do clube em 2024, conforme apresentado ao Conselho Deliberativo na noite de terça-feira.
De acordo com Casares, o déficit de R$ 287 milhões foi influenciado por fatores como a manutenção de uma equipe competitiva e o pagamento de juros bancários relacionados à dívida e empréstimos necessários para o fluxo de caixa.
Casares também apresentou um plano para controlar a dívida, com o objetivo de deixar o clube em boas condições até 2027, quando termina seu mandato.
“O São Paulo estabeleceu um fundo em parceria com Galapagos Capital e Outfield, bem recebido pelo mercado financeiro. Captamos R$ 135 milhões, utilizados para dívidas, tributos e fluxo de caixa. Planejamos mais contratos futuros para antecipar receitas,” declarou Casares.
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Casares destacou que o São Paulo projeta receber mais de R$ 2 bilhões até 2030, ano do centenário do clube, excluindo vendas de atletas, bilheterias, sócio torcedor e patrocínios.
“Até 2030, temos R$ 2,026 bilhões de recebíveis garantidos, sem incluir vendas de jogadores, bilheterias, sócio torcedor, ou patrocínios. Planejamos deixar o clube em ótimo estado para os futuros gestores em 2027, algo inédito na história do São Paulo,” concluiu Casares.
Confira a nota completa do presidente Julio Casares:
“São-paulinas e são-paulinos, acredito que a melhor forma de comunicar e compartilhar a situação do nosso clube com vocês seja por aqui. Vou explicar os pontos importantes para evitar desinformação.
Após passar pelos trâmites internos e auditoria externa, o balanço de 2024 será apresentado ao Conselho Deliberativo. O resultado não é o desejado, mas temos um plano para reduzir a dívida e fortalecer o clube para o próximo gestor e para o centenário em 2030.
O déficit de R$ 287 milhões é devido à manutenção de um time competitivo e pagamento de juros bancários. Criamos um plano para reverter a situação, com um fundo em parceria com Galapagos Capital e Outfield, captando R$ 135 milhões para dívidas e caixa. Pretendemos antecipar receitas com contratos futuros.
O marketing tem trabalhado intensamente, alcançando bons resultados. O contrato de patrocínio principal terá aumento significativo, e temos receitas garantidas até 2030, incluindo acordos como a Ademicon. Os naming rights do estádio, agora MorumBIS, tornaram-se um sucesso, e o acordo de direitos de transmissão com a Libra trará recursos importantes.
Criamos também estratégias para fomentar a base e a formação de jogadores. O trabalho nas categorias de base ficou mais caro, mas já vemos resultados esportivos, como os títulos do sub-20 na Copa do Brasil e da Copinha.
Trabalhamos para melhorar o MorumBis e a região, com apoio da prefeitura e do governo do Estado, para evitar enchentes. Em 2030, a área estará ainda melhor para os são-paulinos.
O aumento dos custos no futebol, impulsionado pelas SAFs e casas de apostas, também impactou. Mantivemos competitividade, disputando cinco finais e conquistando três títulos nos últimos quatro anos.
Revisamos procedimentos internos e administrativos, mantendo uma equipe competitiva e reduzindo custos, como na contratação de Oscar. O processo é longo, mas estamos trabalhando para fortalecer o São Paulo.
Julio Casares, Presidente do São Paulo Futebol Clube”



