De acordo com PVC, a Conmebol afirmou que a CBF solicitou que as punições relacionadas a casos de racismo não fossem intensificadas.
O repórter Paulo Vinicius Coelho revelou em seu blog no Uol que a Conmebol respondeu nesta segunda-feira ao documento enviado pela CBF, criticando a carta assinada por dez federações em apoio à política antirracista da confederação sul-americana. O documento incluía a assinatura do presidente reeleito da CBF, Ednaldo Rodrigues. Segundo PVC, a resposta indicou que a Confederação Brasileira se posicionou contra o aumento das sanções.
Conmebol afirma seguir normas internacionais
Também conforme o jornalista PVC, a entidade sul-americana afirmou estar de acordo com os mais altos padrões internacionais, aplicados nas ligas e confederações mais prestigiadas globalmente. Veja a seguir a publicação completa do colunista com os detalhes sobre o assunto:
“A Conmebol respondeu nesta segunda-feira ao documento enviado pela CBF, que criticava a carta assinada por dez federações nacionais em apoio à política antirracista da confederação sul-americana. O documento incluía a assinatura de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira.
A resposta destaca que a Conmebol acredita estar “em conformidade com os mais altos padrões internacionais, aplicados nas ligas e confederações mais prestigiadas do mundo.”
Além dessa observação, a Conmebol mantém uma postura bastante conservadora na luta antirracista, apresentando dois trechos que, de forma educada, criticam severamente a posição da CBF.
O primeiro e mais significativo trata das sanções aplicadas pela Conmebol contra o racismo e a posição da CBF antes do caso Luighi:
“Em relação à proposta reiterada pela CBF sobre a alteração do Estatuto e do Código Disciplinar, é importante lembrar que foi a própria CBF que, na ocasião, se opôs ao aumento dos valores das sanções estabelecidas.”
O segundo ponto, igualmente importante, refere-se ao desconhecimento sobre a carta anterior, assinada pela CBF e pelas outras nove federações afiliadas à Confederação Sul-Americana, elogiando a postura da entidade dirigida por Alejandro Dominguez na luta contra o racismo:
“Em relação à alegação sobre a assinatura do documento enviado, ressaltamos que o mesmo foi recebido da própria CBF, com a assinatura correspondente. Se a autenticidade for desconhecida, entendemos que as medidas legais pertinentes devem ter sido iniciadas perante as autoridades nacionais competentes.”
Ou seja, se Ednaldo Rodrigues desconhecia a carta da Conmebol e a assinou, já está processando a falsificação de sua própria assinatura?
Mais relevante do que a disputa de narrativas, é a erradicação do racismo nos estádios.”
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