
Antigo jogador do Vasco, Muriqui encerra sua carreira e se torna investidor da SAF do Rio Branco-ES.
Luiz Guilherme da Conceição Silva, conhecido como Muriqui, teve uma carreira de 20 anos como jogador profissional. Começou no Madureira e teve passagens marcantes por Vasco, Atlético-MG e no futebol chinês. Em 2024, ele chegou ao Joinville, que foi seu último clube como atleta profissional.
Após encerrar sua carreira nos gramados, Muriqui escolheu seguir um novo caminho dentro do futebol como empresário de atletas. Durante essa transição, ele conheceu Renato Antunes, CEO da SAF do Rio Branco-ES, que o convidou para investir no clube.
– Após me aposentar, decidi tirar um tempo para pensar. Quatro meses depois, comecei a trabalhar como empresário de jogadores. Meu primeiro contato com Renato Antunes foi para me apresentar nessa nova função. Conversamos bastante sobre futebol e investimentos, e ele também me apresentou Guilherme Lobo, diretor de futebol. Inicialmente, nossas conversas eram para negociações de atletas. Minha primeira visita ao estado foi na final da Copa ES Sub-20, e depois disso, recebi o convite para me tornar investidor – relatou Muriqui.
Recém-integrado ao projeto do Rio Branco-ES, Muriqui está animado com o potencial de crescimento do futebol no Espírito Santo. Além do Capa-Preta, que é bicampeão estadual, o Porto Vitória também tem colhido resultados positivos com estratégias semelhantes às do clube. Desportiva Ferroviária, o rival histórico, está se estruturando para adotar o modelo SAF. É nesse contexto que Muriqui chega com o objetivo de ajudar o Rio Branco a alcançar os níveis mais altos do futebol nacional.
– Vejo um futuro muito promissor para o futebol capixaba. Acompanho de perto os jogos do Rio Branco e de outras equipes para entender o cenário. O clube está crescendo, é bicampeão estadual, participa de competições nacionais e tem boas chances de alcançar voos maiores. Estou otimista sobre o futuro do futebol capixaba, que também tem a organização de outras equipes, o que nos desafia a sempre buscar mais. Vejo um futuro com campeonatos melhores, mais visibilidade, organização e patrocinadores – destacou Muriqui.
Jogador, empresário e futuro proprietário?
Após mais de duas décadas como atleta de futebol, Muriqui continua com o esporte em mente. De jogador a empresário, ele agora ambiciona ser proprietário de um clube no futuro. Suas experiências ao longo da carreira moldam seus planos empresariais para o desenvolvimento de novos talentos.
– Tenho o objetivo de ser proprietário de um clube. Não é algo simples, mas estou me preparando. Preciso analisar os mercados e me aperfeiçoar, mas em um futuro próximo, esse é um dos meus objetivos: ser dono de um clube formador que também atua no profissional – revelou Muriqui.
Em sua nova fase, Muriqui entende que a experiência adquirida no futebol é valiosa para sua atuação como empresário. No entanto, essa transição não é totalmente nova para ele, pois antes de se aposentar, já gerenciava seus próprios contratos.
– Os 20 anos jogando futebol me ajudam a tomar decisões mais embasadas. Eu entendo melhor o que se passa em campo e aplico esse conhecimento no clube. O futebol exige calma e ponderação, pois é imprevisível. Além disso, estou me especializando em gestão. No final da minha carreira, eu mesmo negociava meus contratos, o que foi uma grande ajuda – concluiu Muriqui.
SAF do Rio Branco possui cerca de 50 sócios-investidores
O Rio Branco adotou o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) em 2024 e conta com cerca de 50 sócios-investidores, em sua maioria empresários locais.
Desde a implementação do modelo SAF, o Rio Branco viu seu investimento no futebol multiplicar por 20, conquistou o bicampeonato capixaba após 42 anos e registrou um aumento significativo na média de público, receita e venda de camisas oficiais.
Fonte: ge