
A Ferj estabelece um centro de treinamento para árbitros de vídeo.
Confira o funcionamento do centro de treinamento do VAR criado pela Ferj
O objetivo é que árbitros e assistentes se qualifiquem ao longo do ano, superando as tradicionais imersões realizadas pouco antes dos campeonatos. A Ferj se destaca como a primeira federação a oferecer um centro de treinamento específico para o VAR, uma iniciativa do presidente Rubens Lopes. Após o sucesso na Primeira Divisão, a entidade planeja expandir o uso do VAR para a Série A2 no futuro.
A sala de treinamento estará disponível para qualquer árbitro interessado, seja para aprimoramento ou reciclagem em caso de erros.
— Assim como um piloto adquire confiança com mais horas de voo, um árbitro torna-se mais seguro com mais experiência no VAR — destacou Rubens Lopes, presidente da Ferj.
O Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro (DEAF-RJ) elaborou um programa teórico e prático em quatro fases, cobrindo desde a introdução ao VAR até a análise e decisão de lances complexos. O material inclui jogos brasileiros e internacionais.
— Sentar na cadeira do VAR exige conhecimento das regras e protocolos do jogo. O treinamento é dividido em módulos, com turmas de 20 alunos, alternando entre aulas teóricas e prática no equipamento. A meta é que os árbitros cheguem ao nível profissional já familiarizados com essa ferramenta indispensável — explicou Jorge Rabello, Coordenador Técnico do DEAF-RJ.
Estrutura da sala de simulação
Localizada próxima ao Maracanã, a sala de simulação reflete fielmente o ambiente de jogo. Equipado com seis monitores, comunicação via rádio e um software para análise de lances, o espaço é liderado por uma equipe experiente.
O curso utiliza oito câmeras, mas em partidas reais, como a final do Carioca ou a Supercopa do Brasil, esse número pode variar. O sistema inclui partidas completas e clipes de lances polêmicos para análise.
Durante o treinamento, o operador se posiciona à direita, o VAR no centro e o AVAR à esquerda, com um observador garantindo o cumprimento dos protocolos. O operador controla as câmeras, exibindo lances em diferentes velocidades, e o árbitro principal pode usar zoom na tela touch. A comunicação com o árbitro de campo é simulada, permitindo um canal de diálogo específico.
Atualmente, a preparação para o Campeonato Carioca ocorre em pré-temporada, com debates e vídeos. A CBF também adota treinamentos semelhantes. A Ferj promove reuniões com clubes para definir diretrizes do VAR antes dos campeonatos.
— Encerramos o Campeonato Carioca com elogios da CBF, destacando nosso VAR como o melhor entre os estaduais. Em 78 jogos, apenas oito tiveram revisão em campo. Nossos índices são comparáveis às principais ligas europeias. Inovações como cronômetro parado e linha de 12 cm foram implementadas com sucesso — afirmou Jorge Rabello.
Fonte: ge



