Jornalista fala qual será a missão de Mano Menezes no Grêmio

O Desafio de Mano Menezes no Grêmio

A chegada de Mano Menezes ao Grêmio é vista por Alexandre Alliatti, em sua coluna no site GE, como um movimento essencial para revitalizar a essência autêntica do clube. Segundo o jornalista, a administração anterior sob Gustavo Quinteros demonstrou um afastamento da histórica identidade gremista.

“Durante seu penúltimo jogo à frente do Grêmio, Gustavo Quinteros fez uma declaração que soou como um prenúncio de sua saída. Ao mencionar a força de alguns adversários que enfrentava, descreveu-os como grandes times, concorrentes ao título brasileiro. Talvez não fosse sua intenção, mas ele parecia, naquele instante, ver esses adversários de maneira inferior”, comentou.

Alliatti destacou que tal postura é contrária ao espírito do time conhecido como Imortal.

“Nada é menos Grêmio do que isso. A imortalidade que o hino de Lupicínio Rodrigues celebra não significa nunca perder, pois isso seria impossível: significa, sim, nunca se dar por vencido. É enfrentar adversários superiores, mais caros, mais renomados, lembrando que a história do clube foi construída precisamente pela capacidade de superá-los. Ao lamentar a necessidade de enfrentar esses grandes times, candidatos ao título brasileiro, Quinteros demonstrou desconhecer o Grêmio”, acrescentou.

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Diante desse contexto, Alliatti acredita que a principal missão de Mano Menezes será justamente reavivar essa alma no time.

“Essa será a missão inicial (e talvez principal) de Mano Menezes. O Grêmio precisa redescobrir sua identidade. Precisa deixar de ser esse time que, ao enfrentar um rival como o Flamengo, nos faz duvidar de algo melhor que uma derrota simples”, continuou.

O jornalista ainda mencionou sua crença na capacidade de Mano em realizar essa tarefa. Para ele, é viável que o técnico estruture o time a partir de uma defesa consistente, aproximando setores e ajustando a marcação.

“Acredito que ele conseguirá. É plausível que Mano transforme o Grêmio em um time mais seguro, mais organizado – e, consequentemente, mais difícil de ser derrotado; que estruture a equipe a partir da defesa, onde reside o maior problema; que aproxime setores e melhore a eficiência na marcação”, concluiu.