
São Paulo contratou um estrangeiro combativo e propenso a explosões emocionais.
O São Paulo enfrentou o Atlético-MG no último domingo (6) no Mineirão, e o duelo terminou em um empate sem gols, válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Durante o fim do primeiro tempo, o treinador Luis Zubeldía foi expulso após receber dois cartões amarelos, resultando em um vermelho.
A irritação do técnico argentino foi causada pela decisão do árbitro Ramon Abatti Abel de não aplicar um segundo cartão amarelo ao zagueiro Lyanco, que já estava pendurado. Lyanco cometeu uma falta para interromper um contra-ataque do São Paulo, mas não foi advertido.
Zubeldía expressou sua frustração de forma intensa e continuou reclamando da arbitragem. Após receber a punição, ele partiu em direção a Ramon Abatti, sendo necessário que os jogadores do São Paulo o contivessem. A atitude do técnico, antes alvo de críticas, ganhou o apoio da torcida, que o vê como um defensor do time. O jornalista Eduardo Tironi concordou com a postura de Zubeldía, afirmando que o treinador estava certo em sua reclamação.
“As críticas feitas à arbitragem pelo treinador são justificadas. Seu descontrole acabou se tornando um símbolo de alguém que defende o clube. É difícil afirmar que o argentino agiu estrategicamente. É mais provável que esse tenha sido apenas mais um de seus impulsos à beira do campo, que acabou agradando quando combinado às declarações na coletiva”, comentou.
Comparação entre Julio Casares e Leila Pereira
Tironi também comparou as atitudes do técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, com as de Zubeldía. No entanto, ele destacou um ponto importante: o técnico português tem o respaldo da diretoria.
“A diferença entre Zubeldía e Abel está no apoio da direção. Abel conta com o suporte da diretoria do clube, representada por Leila Pereira. No São Paulo, os dirigentes raramente se manifestam de forma contundente sobre questões de arbitragem. Zubeldía ocupou esse espaço, mas pode não receber o apoio necessário”, concluiu Tironi.