
O Ministério Público acionou São Paulo para exigir o pagamento de uma quantia superior a R$ 100 milhões.
O Ministério Público de São Paulo iniciou uma ação civil contra o São Paulo Futebol Clube e a Prefeitura de São Paulo devido ao suposto descumprimento de um acordo relacionado ao CT da Barra Funda. Essa informação foi divulgada pelo G1.
Conforme a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, foi firmado um acordo que incluía a construção de duas creches na área. No entanto, tanto o SPFC quanto o prefeito Ricardo Nunes não cumpriram com o acordo estabelecido.
Segundo informações do G1, a prefeitura não disponibilizou os terrenos necessários para a construção das creches, cujo custo estimado é de até R$ 5 milhões cada. Caso as obras não sejam realizadas, o clube pode ser obrigado a pagar um aluguel retroativo de R$ 3 milhões mensais pelo uso do local, com o valor total podendo atingir R$ 100 milhões.
“Até o momento, o Município de São Paulo não disponibilizou as áreas para que o São Paulo Futebol Clube construa os equipamentos públicos (creches), permitindo ao Clube utilizar uma valiosa área pública como seu Centro de Treinamento sem oferecer as contrapartidas equivalentes”, afirmou o promotor Marcus Vinicius Monteiro dos Santos.
Além disso, o Ministério Público destacou que o São Paulo não cumpre sua parte no contrato. O acordo previa visitas de alunos da rede municipal ao CT da Barra Funda.
“Apesar de várias tentativas, a Secretaria Municipal de Educação não conseguiu estabelecer um calendário de uso das instalações com o Clube, apesar de alguns registros de visitas esporádicas de alunos. O São Paulo Futebol Clube está se beneficiando economicamente do uso do espaço público ao longo dos anos, em detrimento da sociedade”, acrescentou.



